«Queremos dar um novo impulso, um novo alento, um olhar contemporâneo ao teatro clássico. Por isso escolhemos a palavra Fogo! para ilustrar a 55.ª edição do Festival de Mérida. Das cinzas poderão nascer as mais belas fenix», afirma Francisco Soares, director do festival na apresentação à imprensa que fez recentemente em Lisboa. O festival abre amanhã, sábado, 27, no Teatro Romano de Mérida com uma gala de onde soará a Sinfonia n.º 1, em Ré M, 'Titan', de Gustav Mahler e se poderá ver O rapto de Proserpina, com dramaturgia e direcção de Leandre Escamilla e Manuel Vilanova, pela Companhia Xarxa Teatre. Fedra, de Eurípedes, com direcção de Miguel Narros - «quisemos muito trabalhar com ele, antes que se reforme», afirma, entre risos, Francisco Soares - sobe ao palco do Teatro Romano, numa versão flamenca onde participam os bailarinos Lola Greco, Amador Rojas, Alejandro Granados e Carmelilla Montoya (de 1 a 5 de Julho). Na programação não podia faltar «o bardo Shakespeare». Tito Andrónico foi o espectáculo escolhido e conta com a direcção de Andrés Lima (8 a 12). Considerado um dos melhores cómicos de Espanha, Rafaek Álvarez 'El Brujo' apresenta a criação El Evangelio de San Juan, onde o contacto com o público é a principal pedra de toque (15 a 19). De risos também se faz o espectáculo Os gémeos, de Platão, com direcção de Tamzin Townsend, e as interpretações de, entre outros, Marcial Álvarez e Jesús Noguero (29 de Julho, a 2 de Agosto e de 5 a 9 de Agosto) . A dança também não foi esquecida e Diana y Acteón - pas de deux de Marius Petipá, pelo Corella Ballet Castillha y León, conta com os passos do primeiro bailarino Ángel Corella, entre outros (23 a 25). Todos os espectáculos são às 23 horas. Esta 55.ª edição estende-se até 30 de Agosto - com outras peças a que iremos dando destaque. Muito tempo para descobrir que Mérida não está assim tão longe...
FOTO: Fedra, de Eurípedes, na versão de Miguel Narros
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