sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ÚLTIMOS DIAS - A Bicicleta de Faulkner, n' A Barraca

É só até ao próximo Domingo, dia 13, que se pode ver A Bicicleta de Faulkner, de Heather McDonald, n'A Barraca, em Lisboa. Duas irmãs a braços com a doença da mãe. Claire escolhe ficar, ajudar, no Mississpi natal; Jett parte para Nova Iorque. É escritora. Mas atormentada pela 'página em branco' regressa a casa e o conflito instala-se. «O conflito entre as duas irmãs nasce da diferença de formas de lidar com o mal de Alzheimer: Jett não desiste de tentar chamar a mãe à realidade enquanto Claire, leitora voraz de O Som e a Fúria - uma rapariga desengonçada que corre até ao lago de cada vez que ouve a bicicleta de Faulkner dirigir-se para lá na esperança de poder falar com o escritor que alimenta o seu imaginário - desenvolveu a capacidade de acreditar que a realidade se pode apresentar sob vários planos e permite e embarca nos delírios da mãe na esperança de que o sítio onde ela está seja melhor do que aqui». Palavras da encenadora, Rita Lello. Com Maria do Céu Guerra, Rita Fernandes, Sérgio Moura Afonso e Susana Costa. Para ver hoje e amanhã, às 22. Domingo, às 17 horas.



Foto de Luís Rocha

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Vulcão

VULCÃO. Valdete vive presa a Samuel. Mulher submissa que antes de casar sonhou um amor feliz, depois de ter um filho cego, revelou-se a verdadeira natureza do seu marido. Samuel vive obcecado com a ideia do extermínio dos ‘mais fracos’. Prisioneira na sua própria casa, algemada, resiste ao martírio na esperança de descobrir o paradeiro do seu filho. Peça de Abel Neves ligada ao Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra as Mulheres, com encenação de João Grosso e interpretação de Custódia Gallego. Sala Estúdio do Teatro Nacional D. Maria II, até 20 de Dezembro; de quarta a sábado, às 21 e 45; domingos, às 16 e 15

sábado, 5 de dezembro de 2009

O quê?!

TEATRO DA TRINDADE. O quê?!, uma viagem pelo século XX às costas de Samuel Beckett é a proposta do encenador e actor João Lagarto, que com um grupo de jovens estudantes finalistas do Conservatório – Afonso Lagarto, Rita Brito e Tiago Nogueira – constrói um espectáculo a partir do universo de Beckett (Na Sala Estúdio até 6 de Dezembro; terça a sábado, às 21 e 45; domingos, às 17 e 30); De Fernando Pessoa e Alessandro Hellmann, em cena na Sala Principal, O Banqueiro Anarquista Esterco do Demónio, com encenação de Annalisa Bianchi e Virgínio Liberti (de 10 a 13 de Dezembro; terça a sábado, às 21 e 30; domingo, às 16). Teatro da Trindade, Lisboa

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

As luzes de Natal

TRUPILARIANTE. As Luzes de Natal, um espectáculo de teatro e fantoches destinado aos mais novos, envolto num mistério principal: quem roubou a música natalícia? O público é convidado a ajudar o Duende Pompom nesta aventura. A produção está a cargo da Trupilariante Companhia de Teatro-Circo. Auditório do Espaço Monsanto, Lisboa. Amanhã, sábado, dia 5, e também dia 6, às 15 horas.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Black Vox

O Teatro do Eléctrico regressa à cena com Black Vox, Histórias Negras em Teatro de Terror. Uma mulher perseguida ou louca, uma princesa ou uma bailarina, um mágico ou um tolo? Personagens que se cruzam com vídeos e que ganham uma dimensão de bonecos de animação. Texto e encenação de Ana Lázaro, Patrícia Andrade e Ricardo Neves-Neves. Também com Sílvia Figueiredo e Vítor Oliveira. Teatro da Comuna, Lisboa, 20 de Setembro, às 21 e 30.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Festival de Mérida

«Queremos dar um novo impulso, um novo alento, um olhar contemporâneo ao teatro clássico. Por isso escolhemos a palavra Fogo! para ilustrar a 55.ª edição do Festival de Mérida. Das cinzas poderão nascer as mais belas fenix», afirma Francisco Soares, director do festival na apresentação à imprensa que fez recentemente em Lisboa. O festival abre amanhã, sábado, 27, no Teatro Romano de Mérida com uma gala de onde soará a Sinfonia n.º 1, em Ré M, 'Titan', de Gustav Mahler e se poderá ver O rapto de Proserpina, com dramaturgia e direcção de Leandre Escamilla e Manuel Vilanova, pela Companhia Xarxa Teatre. Fedra, de Eurípedes, com direcção de Miguel Narros - «quisemos muito trabalhar com ele, antes que se reforme», afirma, entre risos, Francisco Soares - sobe ao palco do Teatro Romano, numa versão flamenca onde participam os bailarinos Lola Greco, Amador Rojas, Alejandro Granados e Carmelilla Montoya (de 1 a 5 de Julho). Na programação não podia faltar «o bardo Shakespeare». Tito Andrónico foi o espectáculo escolhido e conta com a direcção de Andrés Lima (8 a 12). Considerado um dos melhores cómicos de Espanha, Rafaek Álvarez 'El Brujo' apresenta a criação El Evangelio de San Juan, onde o contacto com o público é a principal pedra de toque (15 a 19). De risos também se faz o espectáculo Os gémeos, de Platão, com direcção de Tamzin Townsend, e as interpretações de, entre outros, Marcial Álvarez e Jesús Noguero (29 de Julho, a 2 de Agosto e de 5 a 9 de Agosto) . A dança também não foi esquecida e Diana y Acteón - pas de deux de Marius Petipá, pelo Corella Ballet Castillha y León, conta com os passos do primeiro bailarino Ángel Corella, entre outros (23 a 25). Todos os espectáculos são às 23 horas. Esta 55.ª edição estende-se até 30 de Agosto - com outras peças a que iremos dando destaque. Muito tempo para descobrir que Mérida não está assim tão longe...
FOTO: Fedra, de Eurípedes, na versão de Miguel Narros

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Porque na noite terrena...

«Elas e as coisas delas/ as histórias delas/ as fotografias/ aquelas coisas que elas tinham/ mesmo que contar/ elas e as suas coisas mínimas/ nós e elas frente a frente e a falta de/ coisas para dizer/ o chegar demasiado tarde/ demasiado cedo/ tudo demasiado/ aquela vez em que chegámos finalmente a tempo/ e tu não estavas lá/ os teus restos espalhados pelo chão da cozinha/ Oh, como te dilacerámos», palavras de Porque na noite terrena sou mais fiel que um cão, a 11.ª criação do Teatro do Vestido, em cena no Teatro da Comuna, em Lisboa, até 27 de Junho (sempre às 22 horas). Tendo como ponto de partida a obra de três poetisas – Elizabeth Bishop, Marina Tsvietaieva, Margaret Atwood – a peça assume-se como a procura da expressão «a partir de», colocando em cena três personagens em confronto entre si, consigo próprias e com as três poetisas. A direcção é de Joana Craveiro, que também assina textos, tal como Inês Rosado, Rosinda Costa e Tânia Guerreiro – que interpretam.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

B, de Beckett

Quais as motivações destas personagens? O que as faz permanecer cómicas, trágicas, ridículas? Que caminhos vão percorrer? São algumas das dúvidas levantadas em B, peça a partir de textos de Samuel Beckett, que o Teatroensaio estreia hoje, quinta-feira, 28, às 21 e 30, no Blackbox, Cace Cultural do Porto (Rua do Freixo, 1071).
«Uma das grandes provas da capacidade de resistência mental e física que o ser humano tem pós o caos, o extremo acontecimento e a noção de que para além de nada ainda existe a permanência, a solitária permanência entre e sobre os cacos, são os textos de Samuel Beckett. Sim falamos sobre existencialismo, mas sobretudo sobre existência», diz o encenador Pedro Estorninho sobre B, que conta com as interpretações de Ana Vargas, Daniel Pinheiro, Inês Leite, Joana Mesquita, José Topa, Julieta Guimarães e Olinda Favas. Para ver de Quinta a Domingo, às 21 e 30, até 14 de Junho.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Crucificado, a partir de Natália Correia

«As igrejas não chegam para dar vazão às nossas rezas. Sairemos para a rua num cortejo, atearemos a noite com a melodia intempestiva da nossa prece popular, folclórica e pagã. Não é uma escavadora persistente que há-de abrir a nossa cova nem a santíssima trindade política que nos roubará esta loucura. Chegou finalmente o dia? Queremos cortar caminhos e amarras e rotinas. Queremos errar, porque o nosso verbo é o verbo ir. Queremos fugir a fingir que somos livres dessa cruz que carregamos. Mas prisioneiros somos nós todos ó crucificados, prisioneiros do silêncio como gatos e ratos». Palavras de Crucificado, peça escrita a partir de Memórias de Uma Tia Tonta e outros textos de Natália Correia, que se estreia na quinta d'O Bando, em Vale de Barris (Palmela), dia 28, às 22 horas. O espectáculo conta com dramaturgia e encenação de Miguel Moreira e João Brites, espaço cénico (por onde entra uma retroescavadora) de Rui Francisco e composição musical de Jorge Salgueiro. Co-produção com o Útero. Com Adelaide João, Miguel Moreira, Paula Só, Sílvia Almeida e Filipe Luz.
Crucificado estará em cena até ao solstício de Verão, dia 21 de Junho - de quinta, a domingo, sempre às 22, e passa-se ao ar livre, daí que seja aconselhavel levar agasalhos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Panos – Palcos Novos

A Culturgest recebe, a partir de amanhã, a 4ª edição deste projecto que estreia textos de grupos de teatro escolar/juvenil, pensados para serem representados por adolescentes entre os 12 e os 18 anos. As peças são escritas por Tiago Rodrigues, Miguel Castro Caldas e Abi Morgan. A proposta dos dois primeiros dramaturgos (Coro dos Maus Alunos e Numa corda, respectivamente) revolve em torno do universo escolar, enquanto a da brtânica Abi Morgan é uma história de crianças refugiandas na capital inglesa, embrenhadas no sistema mas ainda assombradas pelo passado. Cada peça sobe ao palco duas vezes, apresentadas por grupos de jovens diferentes.

Culturgest, Lisboa; sexta e sábado, às 18 e 30 e às 22; domingo, às 15 e 30 e 18 e 30

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Querida Professora...

Quatro alunos finalistas batem à porta da professora Helena Serguéiévna. Trazem um ramo de flores, um serviço de cristal e sorrisos abertos. Vêm desejar um «Feliz aniversário» àquela mulher tristonha que vive sozinha. Espantada com tanta gentileza, a professora convida-os a entrar e a partilharem o que está no frigorífico. Um quadro feliz que não vai durar muito, pois estes intrusos só querem tirar-lhe a chave do cofre onde estão guardados os exames... Querida Professora Helena Serguéiévna, de Ludmilla Razumovskaia estreia hoje, quarta feira, 20, pelas 21 e 30, na Comuna Teatro de Pesquisa, em Lisboa. A versão cénica e a encenação são de João Mota. Com Hugo Franco, Marco Paiva, Maria Ana Filipe, Rui Neto e Tânia Alves.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

(A)tentados, de Martin Crimp

Máscara Solta, grupo de teatro da Faculdade de Letras, da Universidade do Porto, apresenta (A)tentados, de Martin Crimp. Um texto que propõe e procura uma renovação do discurso teatral não só pela ausencia de personagens em palco ou de enredo, mas também pela diversidade de cenários e de informações díspares. Há uma ausencia de certezas, um despejar de informações que se quer apelativo e que remete o espectadador para o discurso dos Media dos dias de hoje. Há uma porta para um vazio onde só pode sobreviver o jogo teatral. «Não é só representação, é algo com mais exactidão», diz o grupo de actores que tem em Beckett um mestre: «Outra vez o corpo. Onde nenhum. Outra vez o lugar. Onde nenhum. Tentar outra vez. Falhar outra vez. Melhor outra vez». A encenação está a cargo de João Melo e conta com a participação especial do Grupo Trei Pastori. Até 23 de Maio, pelas 21 e 30, na Panmixia Associação Cultural (Rua do Freixo, nº 1071, Porto)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Guarda Sol Amarelo

Uma meditação sobre a cidade feita por 30 cabeças, 60 mãos, algumas miniaturas, umas maquetas... Assim se define Guarda-Sol Amarelo, uma criação colectiva, com encenação de Gonçalo Amorim, com estreia marcada para dia 15, às 22, no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Telheiras. Telheiras, é na verdade o ponto de partida, para um «desafio de construir um espectáculo que fosse ao mesmo tempo documental, um show e uma conferência», nas palavras do encenador, que coordena pela segunda vez um projecto com o teatroàparte. As relações entre trabalho e lazer e a do actor e espectador são também a génese do trabalho que pretende abordar o 'mito do guarda sol amarelo'. Com Ana Contumélias, Ana Maria Duarte, Ana Marques da Silva, Catarina Lourenço, Catarina Ribeiro, Clara Agapito, Diana Melo, Filipe Matos, Henrique Morujo, Inês Machado, José Miguel Mendes Lopes, Leonilde Timóteo, Leonor Costa, Luís Pato, Maria do Céu Bártolo, Mariana Sousa, Miguel Gaspar, Pedro Conde, Pedro Rocha, Renato Borges, Rita Aveiro e Susana Vargas. Também dias: 16, 22, 23, 29 e 30 de Maio.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Nova Gaia d'Ouro, pelo TEP

Nova Gaia d'Ouro, de Norberto Barroca e Manuel Dias acaba de estrear no Auditório Municipal de Gaia, pelo Teatro Experimental do Porto (TEP). É uma nova versão da peça Gaia d'Ouro, que o TEP estreou em 2001, e uma homenagem da companhia ao concelho de Vila Nova de Gaia, que recebeu o TEP como 'novos residentes' há precisamente 10 anos. A história, as lendas e as gentes de Vila Nova de Gaia estão em pano de fundo, deste que é o 215.º espectáculo da companhia nortenha. Os onze actores desdobram-se em cerca de duas centenas de personagens (!) passando por todos os factos históricos significativos da vila, da construção, por exemplo, dos primeiros mosteiros, às festas de São Gonçalo, até à iluminação pública. A encenação está a cargo de Norberto Barroca.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Até à última Gota


Gota d'Água, um musical corrosivo



A própria actriz, Izabella Bicalha, avisara-me que era um musical de onde se saía com um nó na garganta. O que eu não tinha percebido é que nó era um eufemismo. Como dizia o meu camarada Rodrigues da Silva, Gota d’Água é mesmo um pontapé nos t... (isso mesmo). Nem outra coisa poderia acontecer, pois é uma adaptação da Medeia, a mais trágica das tragédias gregas. Isto aplicado a um musical torna-se absolutamente extraordinário. Pois não, não estamos na Broadway. Nem são as alegres safadezas da Ópera do Malandro. Este é um musical a doer. Com momentos de grande teatro. E eu, que nem sou particularmente admirador do género, rendi-me à evidência.
E depois, claro, há a música de Chico Buarque. E todo aquele contexto social, que paraboliza a situação do Brasil durante a ditadura militar. Meu Deus, como é que isto passou na censura? É um musical de esquerda (outra originalidade?), doutrinário, didáctico, que incentiva a insurreição, a luta contra as injustiças sociais, a união dos pobres contras os ricos malvados. E a gente vai levando.
Gota d’Àgua, de Chico Buarque e Paulo Fontes, Encenação: João Fonseca. Direcção Musical: Roberto Bürgel. Elenco: Izabella Bicalho, Claudio Lins, Armando Babaioff, Maíra Kestenberg, Luca Castro, Claudia Ventura, entre outros. Representações: CCB, de 6 a 9 de Maio, às 21 horas (bilhetes de 15 a 38 euros); Centro Cultural das Caldas da Rainha, 13 de Maio (12, 5 a 25 euros); Cine-Teatro de Estarreja, 15 de Maio, às 21 e 30 (15 a 20 euros); Centro de Artes e Espectáculo da Figueira da Foz, 16 de Maio, às 21 e 30 (25 euros); Coliseu do Porto, 20 de Maio, às 21 e 30 (28 a 35 euros); Teatro das Figuras (Faro), 23 de Maio, às 21 e 30 (25 a 30 euros)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

V Mostra de Teatro Escolar de Coimbra

Saltita Andarilho, pela Escola Básica 2,3 da Lousão é a peça de abertura da V Mostra de Teatro Escolar de Coimbra, que inaugura hoje, às 10 e 30. Patente até dia 7, no novo espaço do Teatrão, a Oficina Municipal do Teatro (Rua Pedro Nunes) a mostra é organizada pelas Escolas Secundárias Jaime Cortesão e Quinta das Flores e pelo Nova Ágora - Centro de Formação de Associação de Escolas e conta com a participação de 12 escolas: EB 23 da Lousã; EB23 Silva Gaio; EB23 Alice Gouveia; Colégio S. Martinho; EB23 Eugénio de Castro; Colégio S. José; Instituto de Almalaguês; Instituto Pedro Hispano; EB 2,3 Eugénio de Castro; ES Quinta das Flores; Escola Secunária Avelar Brotero; e a Escola Secundária Infanta D. Maria. Era uma vez um poeta chamado Camões, Portugal (em)barca, A Feira dos Malandrecos ou Génese são algumas das peças a ver na mostra, que termina a 7, às 21 e 30, com a apresentação de Eu, tu, ele, nós, vós, eles, de Sérgio Godinho, pelo grupo Bonifrates.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Chapéus há muitos

Governantes e governados. Pessoas sem nada que fazer, pessoas com ideias, com dores de cabeça, com vontade, sem vontade, com coragem, sem coragem. Tristezas e Carnavais, amor e inveja e uma saudável esquizofrenia. De tudo isto é feito Chapéus há muitos, o espectáculo que assinala os 15 anos da companhia Pim Teatro, onde os chapéus (e os narizes vermelhos) ajudam a falar de uma coisa «séria, perigosa e ridícula»: o poder. A encenação é colectiva, mas coordenada por João Sérgio Palma. E as interpretações são de PAlexandra Espiridião, Diogo Duro, João Sérgio Palma e João Sol. Para ver no Teatro Garcia de Resende, em Évora, até 9 de Maio (de quarta a sábado, às 21 e 30).
A Pim Teatro está neste momento a preparar a ida, em Junho, ao Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, no Brasil.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Paisagens em Trânsito, em Aveiro

No átrio de uma estação de comboios imaginária, há um homem carregado de malas. Viajante sem destino com uma história guardada na bagagem. O comboio não chega. Desesperado o homem vai abrindo uma mala atrás da outra e vai revelando pedaços da sua vida: das malas cai palha, badalos de ovelhas, uma farda de combate, terra e outros objectos. Paisagens da memória aos poucos descobertas no fundo de cada mala. Um retrato de Paisagens em Trânsito, projecto da companhia Circolando, com direcção artística de Patrick Murys (que também interpreta), estreia a 8 de Maio, às 22, no auditório Estúdio PerFormas, em Aveiro. A peça conta com as composições musicais de Luís Pedro Madeira e Isabelle Fuchs.
Foto de João Vladimiro

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Senhor Valéry no palco

«O Senhor Valéry era pequenino, andava sempre a pé, vestia sempre de negro. Tinha medo da chuva, tinha uma casa sem volume onde passava férias e um animal doméstico que nunca ninguém tinha visto. Não gostava da sua sombra, não gostava de competir, era perfeccionista. Era distraído: não confundia a mulher com um chapéu, como sucedia com algumas pessoas, mas confundia o chapéu com o seu cabelo. Conhecia apenas duas pessoas: a pessoa que ele era, nesse exacto instante, e aquela que ele tinha sido, no passado». Palavras de O Senhor Valéry, de Gonçalo M. Tavares que (a 1 de Maio, pelas 21 e 45) vão subir ao palco pela mão da companhia Pé de Vento, no Teatro da Vilarinha, no Porto. Com encenação de João Luiz, conta com as interpretações de Anabela Nóbrega e Rui Spranger. O texto é o primeiro do conjunto dos Senhores, de M. Tavares, que com ele recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca, atribuido pela Fundação Calouste Gulbenkian. Já em 2007, o Pé de Vento encenou O Senhor Juarroz, da mesma série. O espectáculo, classificado para maiores de 10 anos, estará em cena até 30 de Maio - sextas, às 21 e 45, e sábados, às 16 e às 21 e 45; de 3.ª a 6.ª, às 11 e às 15 horas, para público escolar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

14.º Festival Sementes

«Mostrar às crianças e jovens do nosso país, um leque o mais variado possível das diferentes estéticas e áreas artísticas, de forma a muni-los de referências que os permitam formar um espírito crítico em relação à forma e aos conteúdos veiculados por esses objectos artísticos», é segundo Rui Cerveira, director do 14.º Festival Sementes – Mostra de Artes para o Pequeno Público, um dos objectivos principais da programação, organizada, como sempre, pelo Teatro Extremo. De 2 de Maio a 7 de Junho, mais de 30 companhias de países como Portugal, Espanha, França, Itália, Holanda, Reino Unido e Suíça apresentam espectáculos de teatro, dança, marionetas, música, circo, magia, além de exposições e animações de rua. As actividades estendem-se por palcos, praças e jardins de 11 municípios (Almada, Aveiro, Barreiro, Cascais, Moita, Montemor-o-Novo, Odivelas, Palmela, Santarém, Seixal e Sesimbra) e iniciam-se com a animação de rua Cogumelos, da companhia francesa Théâtre de la Toupine, às 10 e 30, no mercado do Feijó, e às 16, no Largo Gabriel Pedro, em Almada. Às 22, na Praça da Liberdade, também em Almada, pode ver-se Colecção de Borboletas, pela companhia britânica Neighbourhood Watch Stilts International Street Theatre. Ao longo do período do festival, de terça a sexta, às 10 e 30 e 15 horas (para escolas, por marcação), sábados, às 16, e domingos, às 11, o Teatro da Malaposta e Klássikus apresentam João e o Pé de Feijão, com texto e encenação de Fernando Gomes. Na Biblioteca D. Dinis, em Odivelas, dias 8 e 9 de Maio, decorre uma das actividades mais originais do Sementes: Contar Carneiros – Adormeço num conto, acordo no teatro, no qual crianças e pais são convidados conhecer a biblioteca e a visitar a exposição O tamanho da minha altura, com ilustrações de Marta Neto, para o livro de Suzana Ramos, e a passar a noite a contar e a ouvir histórias, e depois adormecer ao som de histórias, poesias, canções e lengalengas. De manhã haverá o atelier de pintura com Teresa Roriz. Estas e muitas outras actividades compõem o Sementes. Mais informações através do 212723660.
Foto: Colecção de Borboletas, pela companhia Neighbourhood Watch Stilts International Street Theatre