«O Senhor Valéry era pequenino, andava sempre a pé, vestia sempre de negro. Tinha medo da chuva, tinha uma casa sem volume onde passava férias e um animal doméstico que nunca ninguém tinha visto. Não gostava da sua sombra, não gostava de competir, era perfeccionista. Era distraído: não confundia a mulher com um chapéu, como sucedia com algumas pessoas, mas confundia o chapéu com o seu cabelo. Conhecia apenas duas pessoas: a pessoa que ele era, nesse exacto instante, e aquela que ele tinha sido, no passado». Palavras de O Senhor Valéry, de Gonçalo M. Tavares que (a 1 de Maio, pelas 21 e 45) vão subir ao palco pela mão da companhia Pé de Vento, no Teatro da Vilarinha, no Porto. Com encenação de João Luiz, conta com as interpretações de Anabela Nóbrega e Rui Spranger. O texto é o primeiro do conjunto dos Senhores, de M. Tavares, que com ele recebeu o Prémio Branquinho da Fonseca, atribuido pela Fundação Calouste Gulbenkian. Já em 2007, o Pé de Vento encenou O Senhor Juarroz, da mesma série. O espectáculo, classificado para maiores de 10 anos, estará em cena até 30 de Maio - sextas, às 21 e 45, e sábados, às 16 e às 21 e 45; de 3.ª a 6.ª, às 11 e às 15 horas, para público escolar.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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