«As igrejas não chegam para dar vazão às nossas rezas. Sairemos para a rua num cortejo, atearemos a noite com a melodia intempestiva da nossa prece popular, folclórica e pagã. Não é uma escavadora persistente que há-de abrir a nossa cova nem a santíssima trindade política que nos roubará esta loucura. Chegou finalmente o dia? Queremos cortar caminhos e amarras e rotinas. Queremos errar, porque o nosso verbo é o verbo ir. Queremos fugir a fingir que somos livres dessa cruz que carregamos. Mas prisioneiros somos nós todos ó crucificados, prisioneiros do silêncio como gatos e ratos». Palavras de Crucificado, peça escrita a partir de Memórias de Uma Tia Tonta e outros textos de Natália Correia, que se estreia na quinta d'O Bando, em Vale de Barris (Palmela), dia 28, às 22 horas. O espectáculo conta com dramaturgia e encenação de Miguel Moreira e João Brites, espaço cénico (por onde entra uma retroescavadora) de Rui Francisco e composição musical de Jorge Salgueiro. Co-produção com o Útero. Com Adelaide João, Miguel Moreira, Paula Só, Sílvia Almeida e Filipe Luz.
Crucificado estará em cena até ao solstício de Verão, dia 21 de Junho - de quinta, a domingo, sempre às 22, e passa-se ao ar livre, daí que seja aconselhavel levar agasalhos.
Crucificado estará em cena até ao solstício de Verão, dia 21 de Junho - de quinta, a domingo, sempre às 22, e passa-se ao ar livre, daí que seja aconselhavel levar agasalhos.
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