sexta-feira, 11 de julho de 2008

O regresso de Rage Against the Machine

O som de uma sirene dos bombeiros denunciou a emergência da situação. A noite estava a correr bem, mas o melhor ainda estava para vir. E a cadência do aviso chamou, para junto do palco principal, os milhares de presentes no Passeio Marítimo de Algés para o último concerto do primeiro dia do Optimus Alive 2008.

No palco, ao mesmo ritmo, ia subindo uma estrela vermelha, símbolo do grupo. Estava tudo preparado. Com os primeiros acordes o público português assistia ao regresso de uma das bandas mais marcantes dos anos 90: Rage Against the Machine. E a banda de Zack de la Rochan, Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk, que se juntaram recentemente após 7 anos de pousio, não deixou os créditos por mãos alheias. Mostraram o vigor de outrora (desde o reatamento já realizaram uma tourné nos EUA e iniciaram outra na Europa), com uma extraordinária presença em palco.

Se o dia já tinha tido alguns momentos quentes, sobretudo com o punk cigano festivo dos Gogol Bordello e a histeria electrizante de The Hives, os Rage Against the Machine mostraram o segredo de qualquer bom concerto. Energia em palco, profissionalismo, boas músicas, entrega na interpretação. Como se, numa aplicação prática do nome da banda, lutassem contra a mecanização das actuações ao vivo. E não faltaram os temas mais emblemáticos do grupo, como Killing in the Name, Bombtrack ou Spleep now into the fire, entre outros.

O primeiro dia do Palco principal do Optimus Alive 2008 fechou em grande, depois de um cardápio de respeito. Além dos dois já referidos, que antecederam os cabeças de cartaz, ouviu-se Kalashnikov, Galactic, Spiritualized e The National. Todos pontuais.

Um bom pronúncio para os dois próximos dias.

0 comentários: