Ser ou não ser, não é a questão. Isto é Jazz?, a pergunta que intitula o ciclo, a decorrer na Culturgest, em Lisboa, até 5 de Dezembro, deixa uma pergunta no ar que não exige ou «não tem mesmo resposta», pelo menos, para Pedro Costa, o comissário do ciclo: «Esta é uma pergunta provocativa que quero deixar a todos aqueles que se preocupam em definir o estilo. Todos os músicos que vou trazer à Culturgest têm um background no jazz, tocam música improvisada, exprimem as suas influências… para mim, a resposta é tão óbvia, que a pergunta deixa de fazer sentido». Ainda assim, a sua pertinência mantêm-se. Numa altura em que o jazz de vanguarda adquire contornos completamente inéditos, a necessidade de um novo paradigma gera algumas contrariedades. Um olhar mais conservador preocupa-se em negá-lo. Outro olhar mais tolerante, vive a exaltação da novidade, de um novo momento brilhante do jazz. A verdade é que a linha histórica desta corrente é uma constante revolução. O bebop, nos anos 40, marcou a primeira grande transformação no estilo, depois o cool, o hard bop, o free jazz, enfim… E agora? O que vem a seguir? Fala-se em avantgarde jazz, new jazz… Mas o que importa, quando se continua a fazer tão boa música? Ray Anderson (trombone), Mark Helias (contrabaixo) e Gerry Hemingway (bateria), dos BassDrumBone, o trio que abriu o ciclo 9 de Março, nem sabiam que a pergunta - Isto é Jazz? - estava no ar, mas quando foram confrontados com ela, responderam prontamente: «Claro que sim…! A tradição do jazz é não haver tradição. É um estilo que está constantemente a reinventar-se. A única coisa que o define é a procura de uma expressão própria e livre. Foi isso que fizemos hoje em palco, ser nós próprios, de uma forma extraordinariamente intensa e única!». Entretanto, a pergunta vai ficando no ar, até que talvez seja esquecida, a bem...
Sábado, 3 de Maio, no pequeno auditório da Culturgest, às 21 e 30, é a vez do trompetista Sei Miguel actuar sobre a interrogação. Eis os músicos que o acompanham: Fala Mariam (trombone), César Burago (percussão), Pedro Lourenço (baixo); E os convidados: Alípio C. Neto (saxofone), Rafael Toral (electrónica) e Ernesto Rodrigues (viola). Aqui fica como sugestão.
Sábado, 3 de Maio, no pequeno auditório da Culturgest, às 21 e 30, é a vez do trompetista Sei Miguel actuar sobre a interrogação. Eis os músicos que o acompanham: Fala Mariam (trombone), César Burago (percussão), Pedro Lourenço (baixo); E os convidados: Alípio C. Neto (saxofone), Rafael Toral (electrónica) e Ernesto Rodrigues (viola). Aqui fica como sugestão.
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