terça-feira, 22 de abril de 2008

Três, de Adriana Calcanhotto



É uma história de (des)amor contada em três tempos, presente no último disco de Adriana Calcanhotto. A letra é de António Cícero e a música de Marina Lima. Brilhante em disco, com os arranjos de cordas. Perde nesta versão ao vivo e mal gravada (a única que encontrei no Youtube). O resto é tão simples quanto contar até três.

Um: foi grande o meu amor
não sei o que me deu
quem o inventou fui eu
fiz de você o sol

O tempo da paixão infantil, da idolatria do ser amado, que conduz à desilusão «quando em você tudo se complicou». E perante isso…

Dois: Se você quer amar
Não basta um só amor

É o tempo de testar a presença do outro através da sua ausência. Para depois perguntar: «Mas por que não nos reinventar?» E então chegar à conclusão ousada e provavelmente impraticável:

Três: Eu quero tudo que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo junto ao mar

0 comentários: