segunda-feira, 18 de maio de 2009

Urbano Tavares Rodrigues, anos 50

Uma Pedrada no Charco, As Aves da Madrugada, Bastardos do Sol e Nus e Suplicantes são os livros que compõem o segundo volume das Obras Completas de Urbano Tavares Rodrigues, que a Dom Quixote vai publicar em dez tomos.
São títulos lançados entre 1958 e 1960, numa fase particularmente profícua do autor, o que de resto sempre caracterizou a sua escrita. Uma urgência que não se espelha apenas no número de publicações, como salienta Manuel Gusmão no prefácio, mas também «na variação estilística e na amplitude temática das suas ficções que entretanto desdobram um núcleo poderoso de obsessões e mitos pessoais que se estão a constituir na altura em constantes da sua obra narrativa».
Histórias de alguém que se «sente interpelado pela situação bloqueada do seu país e do seu povo», procurando denunciá-la. Mas este já não é um Urbano Tavares Rodrigues neo-realista «canónico», acrescenta Manuel Gusmão, antes um dos autores que participa das «linhas de renovação da ficção portuguesa».

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