quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sublime expiação



Com a devida vénia a Douglas Sirk (pela utilização do título de um filme seu), recordo o belíssimo livro do escritor britânico Ian McEwan, Expiação, editado em Portugal pela Gradiva. Nomeada para o Booker Prize e para o Whitbread Award 2001, esta obra volta agora à ribalta com a estreia (hoje, em Portugal) do filme homónimo, realizado por Joe Wright, com Keira Knightley e James McAvoy nos principais papéis. Sobre a justeza da adaptação e sua qualidade, ainda não me posso pronunciar, mas posso dizer que esta é uma excelente oportunidade para regressar a um livro de excepção. Passado em Inglaterra nos anos que deixavam já antever a terrível tempestade que foi a 2ª Guerra Mundial, o drama desenrola-se a partir do momento em que Briony, de 13 anos, decide vingar-se da irmã mais velha e de um amigo de infância de ambas, Robbie, com uma mentira de temíveis (e irreversíveis) consequências. O que se segue é uma belíssima, crua e impiedosa análise sobre a hipocrisia, a culpa, o desejo e a implacável força das divisões sociais, ao melhor estilo do autor de O Fardo do Amor, Estranha Sedução e Amsterdão.

2 comentários:

NAMIBIANO FERREIRA disse...

Ja esta devidamente linkado...

Paula Crespo disse...

Faço aqui uma remissiva para o meu comentário sobre este magnífico filme, absolutamente a não perder.
http://umaespeciedemim.blogspot.com/2008/01/expiao.html