Chega hoje ao palco do Teatro de Almada, e em estreia mundial, Zerlina, de Hermann Broch, numa encenação de Robert Cantarella, já conhecido do público do festival, depois de ter apresentado, na última edição, Hippolyte. Zerlina é uma velha criada que nos mostra a descoberta do amor num corpo ainda desprovido de afectos amorosos. Um espectáculo «perturbador», nas palavras de Cantarella, «tanto mais (...) quanto o discurso vai aumentando progressivamente e se torna de tal modo preciso que é necessário fazer um esforço para imaginar semelhante intensidade do presente, dito por uma personagem que parece ter vivido essa paixão há tanto tempo». O espectáculo, interpretado por Thérèse Crémieux, é em francês, com legendas em português.
Ainda hoje estreia Compota Russa, peça de Liudmila Ulítskaia, uma das mais importantes autoras russas contemporâneas. A acção transporta-nos para um cerejal que já não dá cerejas e que, por isso, já não permite fazer a deliciosa compota que antes se produzia. Terá, assim, que se encontrar outra solução: fazer compota de groselha. Neste espectáculo, Ulítskaia reúne personagens e frases das peças O Ginjal, A Gaivota e Tio Vânia, de Tchecov. Uma produção do Teatro de Sátira da Ilha Vassilievski, São Petersburgo, encenada por Andrzej Bubien.
Zerlina, no Teatro Municipal de Almada, Sala Experimental. Hoje, sexta-feira, 10, às 19; amanhã, sábado, 11, às 18
Compota Russa, na Escola D. António da Costa, Almada, hoje, sexta-feira, 10, às 22.
Foto: Compota Russa
Zerlina, no Teatro Municipal de Almada, Sala Experimental. Hoje, sexta-feira, 10, às 19; amanhã, sábado, 11, às 18
Compota Russa, na Escola D. António da Costa, Almada, hoje, sexta-feira, 10, às 22.
Foto: Compota Russa
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