John Cheever (1912-1982) é um dos grandes nomes da tradição norte americana da história curta, na linha de Sherwood Anderson, J. D. Salinger e Raymond Carver. Ao longo da vida escreveu inúmeros contos, quase todos publicados inicialmente na revista The New Yorker. É essa monumental produção que a Sextante começa agora a publicar em Portugal, em dois volumes, depois de ter editado um dos seus romances, Falconer.
Os contos estão organizados cronologicamente, sendo o primeiro volume, já nas livrarias, preenchido com os passos iniciais de Cheever neste género literário, após a sua passagem à reserva no fim da II Guerra Mundial. São histórias de um «mundo há muito desaparecido, quando a cidade de Nova Iorque ainda era inundada pela luz do rio, quando se ouvia Benny Goodman no rádio da papelaria da esquina e quando quase toda a gente usava chapéu», escreve o escritor norte-americano no prefácio. E acrescenta: «Os pontos comuns que procuro nesta parafernália por vezes datada são o amor pela luz e uma determinação em definir um elo moral da existência. Calvino não desempenhou papel nenhum na minha educação religiosa, mas a sua presença parecia pairar nos celeiros de quinta da minha infância, tendo-me deixado uma excessiva amargura».
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