Hoje, na Feira do Livro de Lisboa, com 30 euros, hesitava. A oferta é grande. E o dinheiro não estica, nem engorda. Mas, depois, esquecia rapidamente o assunto. Ainda agora estamos no início. Lá para o fim é pior. Rumava, por isso, ao espaço LeYa, mesmo no topo direito do Parque Eduardo VII. Levava Jesusálem, o romance que valeu inúmeros prémios a Gonçalo M. Tavares. Uma narrativa que se lê de um fôlego - impossível parar depois de terminado o primeiro capítulo. Nesse envolvimento literário, distraído e com vontade de comprar o próximo livro, talvez me esquecesse de passar pela caixa central e desembolsar os 7,56 euros. E porque é de velocidade que se trata, nada como começar um conto e acabá-lo no minuto seguinte. Essa é a estratégia do húngaro (não o bolo, o escritor) István Örkény. Nas suas Histórias de um minuto (7 euros), que a Cavalo de Ferro lançou entre nós, logo no início da sua actividade, não há tempo a perder. À espera do autocarro, na pausa para o almoço, entre suspiros e pensamentos, tudo começa e tudo acaba num instante. Até ao conto seguinte. Com o copo meio cheio, meio vazio, o tempo urge. Íon, a mais arrojada tragédia de Eurípides, na Colibri (5 euros) e com tradução de Frederico Lourenço, é uma boa solução para revisitar os clássicos. Tal como Os doze césares, na Biblioteca Independente (7,20 euros), o célebre relato de Suetónio sobre a ascensão e queda do Império Romano, ou simplesmente a biografia de uns quantos príncipes, senhores da Europa conhecida, da África explorada e do mar mediterrâneo. A fechar e para aqueles que acham que a saúde mental já não é o que era, a Gradiva vende, por 2,50 euros, Uma volta bem dada. Uma história natural da chave de parafusos e do parafuso. Segundo o autor, Witald Rybczynsk, estamos perante uma das maiores invenções do milénio! E poucos deram por isso. Troco? 74 cêntimos. Dá para o café.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
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