quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Método para um voto consciencioso


Os partidos que se candidatam às próximas legislativas são 15. À partida não se deve excluir nenhum só porque tem um nome esquisito. O primeiro passo do eleitor dedicado é ler, de forma exaustiva e atenta, os programas de todos os partidos. Sublinhar com um marcador os principais pontos de vista nas diversas áreas de actuação e elaborar uma tabela comparativa, para perceber o que os une e o que os separa. De seguida deve confrontar as ideias dos partidos com as suas próprias, estabelecendo uma regra de ponderação, assinalando e valorizando as coincidências. Por exemplo, pode classificar de 1 a 10 cada uma das ideias e depois fazer as contas, para perceber o que mais lhe agrada. Quem marcar mais pontos merece o seu voto.

O esquema seria perfeito não fosse a demagogia. Funciona se acreditar que o que está escrito no programa dos partidos corresponde ao que estes realmente pretendem pôr em prática. Além disso dá uma trabalheira capaz de desesperar os mais picuinhas. Porque os programas dos partidos são, regra geral, longos, maçudos e mal escritos, e ninguém em seu perfeito juízo se predispõe a fazer essa leitura. E se porventura alguém o fizer, o mais provável é que perca o juízo a meio caminho.

Na Internet está disponível uma ferramenta que, supostamente, poupa-nos este exaustivo trabalho de leitura. Basta responder a 28 perguntas e a bússola eleitoral (http://www.bussolaeleitoral.pt) indica-nos a que zona ou família política pertencemos. Se não o partido exacto, pelo menos uma área. Porque há diferenças concretas entre os partidos, entre as esquerdas, entre as direitas e entre os centros. A bússola pode revelar algumas surpresas. Conheço militantes do BE que se descobriram no PS e outros do PS que se descobriram no PP. É um teste que todos os políticos deveriam fazer. Talvez alguns descobrissem que estão no partido errado. Pessoalmente, tinha alguma curiosidade em saber das coordenadas, à luz desta bússola, de figuras como Zita Seabra, Freitas do Amaral, Manuel Alegre, Joana Amaral Dias ou – porque não? – José Sócrates.

1 comentários:

Miguel disse...

Obrigado pelo conselho ...!

Cumps da M&M & Cª!