quarta-feira, 8 de abril de 2009

Figo não comprou a LeYa


Luís Figo não vai comprar o Grupo LeYa, ao contrário do que noticiou o Blogue do JL, no passado dia 1 de Abril. Nós é que somos uns grandes brincalhões e, como o jornal é quinzenal, temos de deixar as larachas do primeiro de Abril para o blogue. A notícia era completa, mas pouco credível. Anunciava ainda que Figo estava a negociar um acordo com a equipa de futebol do Gil Vicente, para que os jogadores fizessem publicidade às novidades editoriais na camisola. E adiantava que, na cerimónia da tomada de posse, Manuel Alegre iria recitar o poema que dedicou ao craque português, na altura do Mundial de Futebol. Não sei ao certo se alguém acreditou. Mas sei que a mentira provocou um aumento da afluência ao blogue. O Blogtailors fizeram logo link para a incrédula notícia, com a etiqueta humor. E um blogue galego, Brétemas alimentou a expectativa de a notícia ser verdadeira. E até se puseram a discutir sobre o jogadores de futebol que gostam de livros. Cito: « O propio Saramago ten dito que el como autor se consideraba «o Figo da literatura». Figo abre un novo vieiro nas relacións entre o fútbol e a edición? Quen podería protagonizar un caso semellante entre nós?»
No Final Cut, o Blogue de cinema da Visão, a mentira foi outra. Tarantino iria fazer o remake d’Os Canibais de Manoel de Oliveira, com Harvey Keitel, Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Leonor Baldaque e Ricardo Trepa nos principais papéis. O realizador americano referia-se a Oliveira como um «génio na linha de John Woo e Johnny To». E haveria uma releitura do libreto de João Paes, com música dos sities…
Curioso é como estes epifenómenos têm consequências nos tão valorizados page-views e visitas. E mostram como o indicador é falível. Por exemplo, há uns tipos que andam sempre à procura de actrizes despidas. Quando se faz a pesquisa no Google «Catarina Wallenstein nua» o segundo site que aparece na lista é o Final Cut. Para grande desilusão destes cibernautas, a actriz não aparece sequer vestida. O equívoco dá-se pela leitura transversal que o Google faz dos posts, uma dislexia informática. A propósito d’Um Amor de Perdição, falava-se da actriz e num outro post, sobre O Leitor, da «coerência estética muito nua e crua».
Aposto que alguns cibernautas terão vindo parar a este blogue pelo mesmo engano. Obviamente, vão fugir a sete pés, sem sequer repararem que este texto, mesmo no final, fala sobre eles.



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