domingo, 8 de junho de 2008

É fazer as contas 16

Hoje, na Feira do Livro de Lisboa, gostava de ter encontrado o José Mário Silva, para lhe perguntar o que compraria com 30 euros. Ele, no entanto, pressentindo a urgência do pedido - a feira está a entrar na sua recta final - e com poderes de antecipação, respondeu-me no seu Bibliotecário de Babel. Assim, fiquei a saber que: «Do pavilhão da Gradiva, trazia o Cinco Equações que Mudaram o Mundo, do Michael Guillen, livro do dia e tudo (9,90€), para matar as saudades dos verões que passei a ler livros da colecção Ciência Aberta; enquanto da Relógio d’Água mandava embrulhar (ou ensacar) o Pais e Filhos, do Turguenév (9€). Depois, demorava-me no canto dos saldos da Assírio & Alvim e completava o meu acervo de voluminhos de capa cinzenta com o gato maltês a aparecer antes da página de rosto: Esta é a Minha Carta ao Mundo e Outros Poemas, de Emily Dickinson, e Lunar Caustic, de Malcolm Lowry (3€ cada).» Como o José Mário bem lembra, a contabilidade não bate certo. A pergunta impunha-se: E o que fazias com os restantes cinco euros? Ele explica: «Olha, começaria por dar uns passos até outro stand da Assírio, onde me abasteceria de pins: o do Cesário Verde, o do Franz Kafka, o do Walter Benjamin e o do Carlos de Oliveira (4€). Já o último euro guardava-o para a fartura, como fez a Francisca Cunha Rêgo. Et voilá.» Troco? Casa cheia, ou melhor, carteira vazia. Mas deixa estar, José Mário, que o café fica por minha conta...

0 comentários: