Traçar uma panorâmica do complexo e contraditório fenómeno histórico-cultural da Roménia, fruto das tensões entre tradição e vanguarda, de 1910 a 1950, é o principal objectivo de Cores da Vanguarda. Organizada pelo Instituto Cultural Romeno, a mostra reúne cerca de 70 pinturas, proveniente de nove museus do país. «Partindo do modernismo expressionista e pós-impressionista da primeira década do século XX a exposição revela as experiências simultaneamente traumáticas e utópicas do rescaldo da Primeira Guerra, que explicam a emergência e o desenvolvimento de uma vanguarda local», afirma Erwin Kessler. «Da coabitação e contaminação entre esta vanguarda emergente e uma via mais tradicional, floresceu um puzzle multi-cultural de linguagens divergentes com raízes em tradições distintas mas complementares», acrescenta o comissário da exposição. Arthur Segal, futuro líder do Grupo de Novembro, Marcel Janco, um dos fundadores do movimento Dada, Victor Brauner, representante do surrealista francês, Hans-Marttis Teutsch e M. H. Maxy são alguns dos nomes representados, numa exposição que inclui ainda artistas arménios, alemães, húngaros e judeus. Até porque, como conclui Erwin Kessler, «a contaminação, a rivalidade, a provocação, a imitação, a interpretação, a crítica, ou mesmo a caricatura, consequência deste diálogo inter-cultural, estão na origem do singular modernismo romeno». A mostra, que abre ao público hoje, sexta-feira, 27, no Museu do Chiado, em Lisboa, está patente até 21 de Junho.
sexta-feira, 27 de março de 2009
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