Os 200 anos do nascimento de Nikolai Gógol vão ser assinalados amanhã, quarta-feira, 1 de Abril, no CCB, em Lisboa, com um conjunto de leituras e uma sessão de cinema. O título da iniciativa, Gógol = 2+2=5, é retirado da biografia que Vladimir Nabokov dedicou ao autor de Almas Mortas: «A arte de Gógol tal como nos é revelada no Capote sugere que as linhas paralelas podem não só encontrar-se, mas até contorcer-se e embrulhar-se da maneira mais extravagante, tal como dois pilares que se reflectem na água e se abandonam às mais loucas contorções provocadas pela ondulação», afirma Nabokov. «O génio de Gógol é precisamente essa ondulação – dois e dois são cinco, e até a sua raiz quadrada».
As leituras de três contos de São Petersburgo, na Sala Almada Negreiros, estão a cargo de Bruno Nogueira (Avenida Névski), às 15, António Pinho Vargas (Diário de um Louco), às 16, Jorge Silva Melo (O Nariz), às 17. Às 18, será exibido O Capote, um filme de Morris Panych, com interpretação de Peter Anderson e música de Schostakovich, baseado na produção original da companhia de teatro canadiana Playhouse.
1 comentários:
Interessante o CCB ter-se lembrado desta maratona gogoliana, e o JL tê-la assinalado. Gogol é um dos mais geniais e paradoxais escritores russos,e em Portugal andou muito esquecido antes das reedições da Assírio. Parece que o Bruno Nogueira foi substituído na primeira leitura.
Margarida D.
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