Walden ou a vida nos bosques, de Henry David Thoreau, vai ser reeditado pela Antígona. Com uma nova capa, mas com a mesma tradução (de Astrid Cabral, com revisão e adaptação de Júlio Henriques), a obra do poeta, ensaísta e filósofo norte-americano chega às livrarias a partir de 9 de Março. «Fui para os bosques porque pretendia viver deliberadamente, defrontar-me apenas com os factos essenciais da vida, e ver se podia aprender o que ela tinha a ensinar-me, em vez de descobrir à hora da morte que não tinha vivido» escreve, nas páginas iniciais, Henry Thoreau. Walden conta essa experiência de isolamento da sociedade, que durou dois anos. Em vários capítulos, o autor de A Desobediência Civil, também editado pela Antígona, fala sobre a sua economia de subsistência, a cabana que construiu, as leituras, os sons, os silêncios, os animais, as visitas que recebeu e as notícias que foi ouvindo, entre muitos outros assuntos. Publicado em 1854, Walden é um libelo contra a alienação provocada pela sociedade urbana, numa defesa da liberdade individual.
A lição de Thoreau, que não terá sido tão radical como o livro sugere, foi levada às últimas consequências por Chris McCandless, um estudante norte-americano que quis viver uma experiência semelhante de isolamento nos confins do Alasca. Uma tragédia pessoal que Sean Penn adaptou ao cinema, a partir do livro de Jon Krakauer (editado pela Presença), no filme O Lado Selvagem.
0 comentários:
Enviar um comentário